quem que onde como

trabalho na frança como Game Designer. aqui conto historias que acho interessantes. os assuntos sao geralmente cinema e video games mas nao apenas. de forma alguma.


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"NOMEADO COM LOUVOR", este foi o título da reportagem do Correio Braziliense do dia 22/12/01 a respeito da seguinte situação:
O filho do presidente do TJDF, Bruno (aquele irresponsável que pôs fogo no índio pataxó), fez concurso público para o cargo de segurança (12 vagas disponíveis; salário de R$1.300,00; nível exigido 2º grau) e ficou em 65º lugar.
Depois do resultado do concurso, o número de vagas aumentou para 70! Após 12 dias no cargo, ele foi promovido a dentista do TJDF para ganhar R$ 6.600,00.
O presidente do TJDF,o pai, juiz(?!) Edmundo Minervino, ainda tev! e a cara-de-pau de afirmar na entrevista: "Não houve ato ilegal nenhum".
(Ilegal, talvez não mas, IMORAL...)
Depois dessa VERGONHA TODA, nós, cidadãos brasileiros, perguntamos:
* Se Bruno é tão bom assim, por que não fez concurso para o cargo de dentista?
* Por que aumentar o número de vagas exatamente para 70?
* Como estão se sentindo os/as dentistas que foram mais bem colocadas que Bruno no concurso? Será que, algum dia na vida, estas pessoas vão ganhar R$6.600,00?
* E os outros profissionais que já estão trabalhando há mais tempo no TJDF?
* O que se pode esperar de um país que tem na sua justiça um JUIZ FEDERAL com esse comportamento?
E mais duas perguntas que não querem calar,
* Que julgamento foi esse, q! ue pena foi essa que o assassino cruel de uma pessoa já cumpriu a pena, já foi solto e até teve
tempo de fazer concurso e tudo ?
* Assassinos podem fazer concurso público?
O povo brasileiro aguarda as respostas! O objetivo deste e-mail é alcançar o maior número de pessoas possível para mostrar como o coronelismo e paternalismo ainda existem fortemente no serviço público brasileiro.
Repasse este e-mail para frente, será um favor para o País.


Coloquei o email do comuna inteiro.
o menino queimou um índio. Pecado! O menino é rico. PECADÍSSIMO! E apareceu na TV. Pronto. Crimes hediondos ocorrem todos os dias nas capitais, pais matando filhos infantes, amantes homossexuais em brigas de alcova, requintes de crueldade e às vezes de estupidez. O homicídio é comum é notícia corriqueira e muito me admira dar atenção mais a esse que aos outros. O rapaz já cumpriu sua pena. Está livre e desimpedido, foi punido pela sua falta e, de acordo com a Lei dos Homens (não é nessa que devemos nos basear?) está livre de pecado.
Mas não nos furtemos a uma análise mais profunda: o caso foi noticiado. Prato cheio para a imprensa: jovens, drogas, homicídio. Um deles filho de juiz. Carniça para os urubus do jornalismo, "Fogueira das Vaidades" em replay. A massa horrorizada grita em defesa do índio que teve um destino tão cuel, ele, que já foi roubado de sua cultura original, desprovido de identidade, de segurança, só lhe resta agora beber até morrer, essa é sua solução. Mas, picas!, o exagero da militância é ridículo, sim que o menino tenha cometido um crime, SIM que ele tenha sido covarde, SIM que ele tenha recebido uma pena moralmente curta mas judicialmente correta, lembremo-nos que foi nele que se refestelaram os vermes da notícia (sim, hei de usar adjetivos e substantivos proverbiais e judiciosos também).


Esses emails vêm cheios de pedras miradas na primeira adúltera.