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odiar, odiar mesmo o próximo eu juro que não consigo. por mais que eles tentem mas hoje rolou um exercício de humildade. eu não tinha a menor idéia de quem era Fernando Pimentel e perguntei pra moça do atendimento pô, rafael! é só o prefeito de belo horizonte! como me senti idiota, incapaz, ignorante e estúpido. um parasita, um autista incapaz de realizar as mais simples tarefas, alheio ao mundo que o cerca e que, sem cuidados extraordinários, seria atropelado na primeira esquina por incapacidade plena. lembrei da história que o antigo prefeito, (celso, célio, o quê?, porra, meu avô conhece o cara, vivia falando dele, castro.. célio de castro! não é?) ele estava doente, ficava na CTI e voltava. será que ele morreu? não sei. conjeturo que provavelmente, enquanto eu não lia jornal, saía da sala no MGTV aos berros, ele tenha docemente esticado a mão no lençol branco e suspirado, talvez luz, mais luz. mas não ousei perguntar se o antigo prefeito morreu. sei que o amílcar de castro morreu. apesar de não gostar de seus trambolhos me parece mais importante saber disso. mas não animei de perguntar, a mulher podia gritar comigo. ou achar que eu sou algum louco ele não sabe que o prefeito morreu, chamar as pessoas da sala, olha só! ele não sabe que o prefeito morreu! e as pessoas entre cochichos e olhares horrorizados ficariam à minha volta, apontando e sussurrando até que num brado final eu fugiria pela porta: i'm not a monster! i'm a human being!
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