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Fissura de comprar livros e obrigação de adquirir um aspirador de pó. Poderia desviar a verba mas a imagem da dolorosa morte de rinite alérgica em meio à uma pilha de livros em papel jornal me assusta muito. Quando a gente finalmente compra 500 folhas de papel a tinta da impressora acaba na sexta página. Kill Bill do Tarantino. Talvez o melhor filme do cara. Começa com uma citação Klingon (retomada no meio do filme). Antes que continuem, aviso: vou estragar, vou contar tudo. Então continuando: western dez vezes melhor revisitado que em Zaitochi. A música inicial, é Bang Bang (my baby shot me down), versão da Nancy Sinatra. Não podia ser melhor. A impressão mais forte é que o Tarantino viu Matrix e achou tudo muito legal mas achou paia não ter sangue, então ele pôs sangue. MUITO sangue. Quando fica P&B lembra duas coisas: o Godard falando que “não é sangue, é ROUGE” e a clássica cena do Psicose, em que o Hitchcock usou chocolate em calda e não sangue, por achar muito agressivo. Ironia maravilhosa. A câmera pausando e entrando os letreiros de apresentação é Guy Ritchie e Changeman, plasticidade nipônica a serviço do humor. A trilha sonora continua impecável, até mesmo a guitarra flamenca de Please Don´t Let Me Be Misunderstood numa luta de espadas samurai. A duplinha de tarados lembra Pulp Fiction (mate um tarado e roube seu veículo). Agora não é Zed com uma Chopper mas Buck com uma caminhonete chamada Pussy Wagon. Mas quando Deus sorri para uma coisa tão horrível quanto vingança, você não pode deixar de se sentir como catalisador de Sua Vontade.
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