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King Kong de Peter Jackson. A loirinha tem um lance platonico com um escritor que nunca conheceu. O cara escreve dramas, deve ser sensivel e tal. Acaba numa ilha deserta onde conhece o cumulo do macho alfa, sim, tamanho é importante. Apaixona-se loucamente pelo gorila, nao é dinheiro (o diretor) ou beleza (o ator) ou inteligencia (o escritor), o que a loirinha quer é um macaco gigantesco. Ainda, o espetaculo da broadway em que Kong é apresentado: um olhar de Jack Black faz pensar no proprio Jackson com Lord of the Rings. Pegando um monumento e reapresentando como um pastiche, cheio de purpurina mas matando tudo o que o original tinha. Para os mais atentos, no começo do filme quando vemos a "cabine" do escritor, uma das jaulas tem uma placa "rat monkey" alguma coisa. O rat monkey é sangaya (ou algo assim) ponto de partida de braindead, um dos primeiros filmes de Jackson. Ainda para os atentos, eu nao sei se a Luger do capitao existia na década de 20. Finalmente, os planos panoramicos em travelling circular e plongé com elementos reais e de imagem de sintese. Nova especialidade de Jackson. A historia tem uma cadencia muito particular: o menino que le "heart of darkness" diz ao imediato: "this is not an adventure", "no, it isn't". Nao é uma aventura. possui elementos de aventura, comédia, terror, suspense, drama, romance e puro blockbuster. e o filme é longo, quase tres horas. se o verdadeiro (anti) heroi é o proprio kong, o final é triste. se o heroi é a mocinha ainda nao sabemos se o final é feliz ou nao. se o heroi é o escritor, enfim. ele pega a gatinha no maior rebounce da historia (no pun intended). e se o heroi é o diretor, entao o filme é egocentrico. Mais um: Shaun of the dead. alta fidelidade com a noite dos mortos vivos. filmes de zumbis em sua maturidade plena. apesar de ser uma comédia tem, como todos os grandes filmes de terror, um elemento de critica a sociedade contemporanea. o plot faz pensar em the night of the living dead, o pai de todos. a geraçao seinfeld agora. adultos que nao fazem nada cujas maiores emoçoes vem da ps2. a sequencia da tv no fim é perfeita, a apropriaçao do fenomeno (assustador, mortal, etc) pela pop culture. um pouco o que o proprio filme faz.
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