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trabalho na frança como Game Designer. aqui conto historias que acho interessantes. os assuntos sao geralmente cinema e video games mas nao apenas. de forma alguma.


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CSI season 8 ou O Retorno do Geek

Uma das primeiras frases do seriado é « Here comes the geek squad. », um detetive anunciando a chegada dos CSIs a uma cena de crime. Como geeks soh sao herois em comedias ou na vida real, os personagens foram ficando cada vez mais descolados até o ponto onde nao eram mais geeks de verdade. La pela 3ª temporada aparece, entao, Hodges: um nerd 100% que tbm é puxa-saco e egocentrico. Ele apareceu para dar alivio comico a série. Seguiram outros personagens do laboratorio (impressoes digitais, balistica, DNA, etc...): sao todos nerdassos. Nas duas ultimas temporadas dois episodios giraram unicamente em torno deles, Hodges sendo o Grissom dessa sub-esfera.
E sao dois dos melhores episodios de toda a série. Enquanto a série se desenvolvia rumo a açao e a cada temporada os CSIs interagiam mais e mais com os criminais (eram capturados, matavam suspeitos, etc...) , o lado holmes-poirot do detetive que resolve o caso sentado em sua poltrona graças a seus poderes de deduçao (e induçao), era esquecido. O episodio em que Hodges apresenta seu jogo (ele é game designer nas horas vagas) retoma essa idéia classica dos romances policiais. Além disso, esse episodio tem um humor frio e seco no melhor estilo hitchcock. O proprio Hodges faz as vezes do mestre de cerimonia, como Hitchcock na serie Alfred Hitchcock Presents, da mesma forma que Lars von Trier fez na sua série Regit.
Tudo isso sem perder o lado humano dos personagens. De certa forma foi o desenvolvimento e a complexificaçao das relaçoes humanas que obrigaram os personagens principais a ficarem menos geeks. Os secundarios conseguem manter sua humanidade justamente através de sua inadequaçao social (Hodges gosta da mulher do DNA mas o maximo que ele consegue dizer pra ela é que ela tem uns peitao).

SPOILER
Para aqueles que tbm estao no “momento presente” da série (Season 8, episodio 11), eu espero que a Sara nao volte nunca. Devia ter morrido debaixo daquele carro e ter virado mais uma foto na parede do grissom “the ones that got away”. Seu personagem se desenvolve apenas em direçao ao melodrama e cada episodio que centra nela tem, inevitavelmente “dialogos profundos” e “revelaçoes emocionais” tratadas como se fosse uma novela. Insuportavel. A nao ser pelo classico episodio da menininha que finge ser a assassina para livrar o irmao. Mas o episodio em que a menininha volta é uma bosta.